quarta-feira, 10 de outubro de 2012





De facto muito que eu sou hoje devo-o às minhas escolhas....orgulho-me de tudo o que fiz e por tudo o que tive de passar até chegar agora aqui e a este momento...

Resultado de 4 anos duros, complicados, de grandes perdas e necessidades mas por outro lado anos de crescimento, de clareza de ideais, de procuras, de encontros e reencontros, de vivencias e experiencias novas....sou como muitas vezes se diz uma forma melhorada da minha outra pessoa....

Vivo hoje uma vida nova, sou hoje uma pessoa nova, tenho coragem para enfrentar a vida e lutarei sempre pela minha felicidade, tenho um livro novo para escrever....até e sempre continuarei a fazer as minhas escolhas, defendendo os meus ideais e acima de tudo quem me rodeia....



há uns tempos que ando a sofrer com uma situação que me tem angustiado...tenho procurado respostas e inclusivé vou tentando resolvê-la...

revejo todas as coisas na minha cabeça e nada funciona nada encaixa....hoje mais uma vez vi e revi uma e outra vez....e concluo que muito provavelmente perdi uma amizade pela clareza e sinceridade, não compreendo não percebo e dificilmente vou aceitar:(

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Tenho cá para mim que isto um dia ainda vai dar uma volta e nesse dia eu vou conseguir perceber porque raio tenho eu que penar tanto:(





"Há uns tempos a Joana
-Pai, acabei um namoro à homem.
Perguntei como era acabar um namoro à homem e vai a miúda
-Disse-lhe o problema não está em ti, está em mim.
O que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes. Em primeiro lugar só terminam uma relação quando têm outra. Em segundo lugar são incapazes de
-Já não gosto de ti
de
-Não quero mais
chegam com discursos vagos, circulares
-Preciso de tempo para pensar
-Não é que não te amo, amo-te, mas tenho de ficar sozinho umas semanas
ou declarações do género de
-Tu mereces melhor do que eu
-Estive a reflectir e acho que não te faço feliz
-Necessito de um mês de solidão para sentir a tua falta
e aos amigos
-Dá-me os parabéns que lá me consegui livrar da chata
-Custou-me mas foi
-Amandei-lhe daquelas lérias do costume e a gaja engoliu
-Chora um dia ou dois e passa-lhe
e pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas e nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar
(chichi, sede, fome, a janela de que se esqueceram de baixar o estore)
ou fingem que dormem porque não há paciência para abraços e festinhas,
pá, e a respiração dela faz-me comichão nas costas, a mania de ficarem agarradas à gente, no ronhónhó, a mania das ternuras, dos beijos, quem é que atura aquilo? Lembro-me de um sujeito que explicava
-O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é saber que durante uma semana estou safo
e depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las. O Dinis Machado contava-me de um conhecedor que lhe aclarava as ideias
-As mulheres têm fios desligados
e um outro elucidou-me que eram como os telefones: avariam-se sem que se entenda a razão, emudecem, não funcionam e o remédio é bater com o aparelho na mesa para que comecem a trabalhar outra vez. Meu Deus, que pena me dão as mulheres. Se informam
-Já não gosto de ti
se informam
-Não quero mais
aí estão eles a alterarem a agressividade com a súplica, ora violentos ora infantis, a fazerem esperas, a chorarem nos SMS a levantarem a mãozinha e, no instante seguinte, a ameaçarem matar-se, a preseguirem, a insistirem, a fazerem figuras tristes, a escreverem cartas lamentosas e ameaçadoras, a entrarem pelo emprego dentro, a pegarem no braço, a sacudirem, a mandarem flores eles que nunca mandavam flores, a colocarem-se de plantão à porta dado que aquela puta há-de ter outro e vai pagá-las, dispostos a partes-gagas, cenas ridículas, gritos. A miséria da maior parte dos casais, elas a sonharem com o Zorro, com o Che Guevara ou eles a sonharem com o decote da vizinha de baixo, de maneira que ao irem para a cama são quatro: os dois que lá se deitam e os outros dois com quem sonham. Sinceramente as minhas filhas preocupam-me: receio que lhe caia na sorte um caramelo que passe à frente delas nas portas, não lhes abra o carro, desapareça logo a seguir por chichi-sede-fome-persiana-mal-descida-e-os-ladrões-percebes, não se levante quando entram, comece a comer primeiro e um belo dia
(para citar noventa por cento dos escritores portugueses)
-O problema não está em ti, está em mim
a mexerem na faca à mesa ou a atormentarem a argola do guardanapo, cobardes como sempre. Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. De Shubert. De Ovídio. De Horácio, de Virgílio. De Velásquez. De Rui Costa. De Einzenberger. Razoável, a minha colecção. Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo: fui cobarde, idiota, desonesto.
Fui
(espero que não muitas vezes)
rasca.
Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que ainda não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa-se de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros. O problema não está em ti, está em mim, que extraordinária treta. Como os elogios que vêm logo depois: és inteligente, és sensível, és boa, és generosa, oxalá encontres etc., que mulher não ouviu bugigangas destas? Uma amiga contou-me que o marido iniciou o discurso habitual
-Mereces melhor que eu
levou como resposta
-Pois mereço. Rua.
Enfim, mais ou menos isto, e estou a ver a cara dele à banda. Nem uma lágrima para amostra. Rua. A mesma lágrima para amostra. Rua. A mesma amiga para uma amiga sua
-O que faço às cartas de amor que me escreveu?
e a amiga sua
-Manda-lhas. Pode ser que lhe façam falta.
Fazem de certeza: é so copiar mudando o nome. Perguntei à minha amiga
-E depois de ele se ir embora?
-Depois chorei um bocado e passou-me.
Ontém jantámos juntos. Fumámos um cigarro no automóvel dela, fui para casa e comecei a escrever isto. Palavra de honra que na janela uma árvore a sorrir-me. Podem não acreditar mas uma árvore a sorrir-me."
António Lobo Antunes


dá que pensar....

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



Começei um dia e depois outro e mais outro...
não desisto nem baixo os braços, não nem tudo me corre bem, parece simples o menu mas no final tudo se complica, uma e outra vez.


e é este silencio que ajuda e conforta, que acompanha e determina e mudança, pelo menos é nisso que continuo a acreditar.

sábado, 22 de setembro de 2012

Hoje começa uma das minhas estações favoritas....a melancolia dos dias de chova....as noites de mantinha e leite quente...enfim

Hoje o meu estado de espirito assemelha-se a esses dias....será assim tão dificil?


Depois de uma semana do carago só queria sossego....

quinta-feira, 5 de julho de 2012

bolas podia ser fácil...poder podia mas não era a mesma coisa....


acho que hoje a minha cabeça rebenta mesmo...e leva-me de vez esta alergia e falta de alegria!!!